Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras Oliva BR, Mudas e Consultoria em Oliveiras

Olivicultura


Histórico

A introdução das oliveiras no Brasil se deu próximo ao ano de 1800 com os primeiros olivais implantados nas regiões Sudeste e Sul do país. Porém, a falta de conhecimentos técnicos, científicos, dificuldades como incompatibilidade porta-enxerto/copa, manejo inadequado entre outros, fez com que a atividade não se consolidasse no país. Somente nas últimas décadas, os estudos foram retomados consistentemente com os primeiros olivais sendo implantados principalmente nas terras Altas da Serra da Mantiqueira (MG, SP e RJ) e nos estados da região sul.

Mercado

Estima-se que existam mais de 800 milhões de oliveiras no mundo com uma produção de cerca de 15 milhões de toneladas de azeitonas, das quais 90% se destinam ao mercado do azeite (Barranco et al., 2008).


Em 2015, a produção mundial de azeite de oliva foi de 891 mil toneladas. Neste cenário, o Brasil importa 98% de todo seu consumo interno tanto de azeite, como de azeitona em conserva movimentando mais de 1 bilhão de reais em toda cadeia. Segundo dados do International Olive Oil Council em 2019, as importações de azeite somaram 82.000 toneladas enquanto as de azeitona em conserva foram de 70.000. Se compararmos os últimos 14 anos, constatamos um incremento de aproximadamente 315% somente no mercado de azeite, enquanto o crescimento médio mundial esta em torno de 5% ao ano(Gráfico 1):

Importação de Azeite de Oliva de 2005 a 2015
Fontes: International Olive Oil Council e CONAB(2019)


Vale ressaltar que, o consumo per capita no Brasil saltou de 143 g/hab./ano em 2004 para 410 g/hab./ano em 2019, um incremento de 286% no período. Na Espanha e Itália são 12 Kg/hab./ano e na Grécia este vai a 23 Kg/hab./ano; estes números reforçam o potencial do mercado nacional.


Se considerarmos os números citados acima e projetarmos uma produtividade de 20 Kg por planta, necessitamos de 25 milhões de plantas resultando em uma área de aproximadamente 60 mil hectares com oliveiras, isto com o consumo nos níveis atuais.

As pesquisas efetuadas no Brasil vêm confirmando que o cultivo da oliveira se coloca como uma alternativa viável e com boa rentabilidade para a cadeia produtiva nacional, com mercado consumidor garantido e crescente (Viera Neto et al. 2008).



Informações Edafoclimáticas

Introdução

Inicialmente, é importante ressaltar que a oliveira tradicionalmente é cultivada em regiões de baixa pluviosidade, verão quente e inverno rigoroso, sendo que esta de maneira geral se caracteriza como uma planta “rústica”. Portanto, para as condições nacionais a oliveira apresenta ampla adaptabilidade podendo ser cultivada em diferentes regiões do país as quais apresentem microclima favorável.

Vale ressaltar que a boa condução do olival através do manejo, tratos culturais e podas adequadas são decisivos para o sucesso da atividade. Sempre procure pessoal capacitado na área.

Solo

Evite áreas de umidade excessiva como várzeas e locais com muitas rochas (“lages”), pois se caracterizam como solos rasos. O pH do solo deve ser entre 6 e 6,5; sendo assim, sempre recomendamos a análise e correção do solo antes do plantio.

Clima

As condições que favorecem o cultivo da oliveira são: no mínimo 200 horas de temperaturas acumuladas abaixo de 10ºC durante todo o ano e onde ocorra estresse hídrico (o que pode ser caracterizado como o período das secas). Isto contribui com a floração refletindo na produtividade.

Temperatura

A oliveira se comporta bem tanto em baixas como em altas temperaturas apresentando boa tolerância a ambos os extremos. Sendo que o frio favorece a produtividade.

Pluviosidade

Em condições nacionais a oliveira se adapta bem em regiões com volumes acima de 500 mm/ano, devendo ser suplementada com sistemas de irrigação em regiões mais áridas. Além disso, a utilização da irrigação em áreas já tradicionais pode favorecer o aumento e estabilidade da produção, evitando oscilações devido às condições climáticas nos diferentes anos.


Informações Técnicas

Escolha da área

Dar preferência a solos de encosta, bem drenados, profundos e com face voltada para o norte. Sendo fundamental a análise e correção do solo antes do plantio. Consulte nosso departamento técnico.

Época de plantio

A oliveira pode ser implantada em qualquer época do ano, porém, no Sudeste, o plantio se dá preferencialmente entre setembro a janeiro devido ao verão chuvoso. Já no sul do país, o período de plantio é prolongado devido a boa distribuição das chuvas. Para fins ornamentais o plantio pode ser efetuado durante todo o ano.

Adubação de plantio e manutenção

Varia conforme análise de solo, consulte nosso departamento técnico.
Enviamos as informações de plantio a nossos clientes.

Mudas

A utilização de material vegetal de qualidade, em idade adequada, isenta de pragas e doenças são fundamentais para o sucesso da cultura. Além disso, optar por cultivares com elevado teor de óleo no fruto, que se adaptem as condições climáticas locais é decisivo para a produtividade e consequente retorno do investimento.

Atualmente, as mudas de oliveira são obtidas via enraizamento de estacas (clonagem) que envolve o uso de estruturas e técnicas adequadas e específicas que garantam a qualidade do produto final.

Espaçamento

As plantas devem ser dispostas no espaçamento 7 x 5 metros totalizando 285 plantas por hectare, permitindo variações nestas dimensões conforme relevo e recomendações regionais

Manejo e tratos culturais

Basicamente podemos dividir o sistema de cultivo do olival em duas etapas: a primeira consiste na implantação e formação do mesmo, a qual busca dar as plantas o tamanho e arquitetura adequados; já a segunda consiste na manutenção, condução e produção do olival adulto.

Dentre os principais e decisivos tratos culturais está a poda que pode ser de formação, condução, limpeza, manutenção ou produção. Além disso, a fertilização de implantação, formação e produção são distintas em cada fase e devem ser efetuadas adequadamente em cada momento.

Paralelamente, deve-se dar atenção na ocorrência, controle e manejo de pragas e doenças durante todas as etapas de cultivo.

Estas observações são válidas tanto para o cultivo convencional como no orgânico, onde o olivicultor deve adaptar suas ações conforme as condições e sistema de cultivo.

Sendo assim, o acompanhamento e orientação por profissionais capacitados são fundamentais para o sucesso da atividade.

Produtividade

As pesquisas vêm indicando uma produção de até 20 kg/planta/ano (a partir do 8º ano) com rendimento em azeite entre 12 a 18% efetivamente extraído.

Oliveira após 3 anos, planta oliva 3º ano
Planta em produção MG (3º ano)

Colheita e Pós-colheita

No Brasil, a floração das oliveiras ocorre entre os meses de julho a outubro e a colheita entre o final de janeiro e o início de abril, período no qual o olivicultor deve ter grande atenção, pois inicia-se uma das mais importantes etapas de todo o processo produtivo. A azeitona deve ser colhida no ponto adequado e a extração do azeite deve-se iniciar o mais rápido possível.

A colheita pode ser manual ou mecanizada, neste último, existem diversas marcas, equipamentos e modelos no mercado destinados a colheita de azeitonas.

Abaixo resumo das etapas envolvidas no processo de extração de azeite de oliva via centrifugação:


1. Limpeza (retiradas folhas, galhos e outras impurezas)
2. Lavagem
3. Moagem
4. Agitação da pasta
5. Centrifugação
6. Filtragem (opcional)
7. Armazenamento
8. Embalagem
9. Comercialização

Quanto mais preciso e ágil for este processo, melhor será a qualidade do produto final. Atualmente, já sabemos que os azeites brasileiros são de alta qualidade, o que foi confirmado com participação de diversos olivicultores em eventos internacionais.


Cliente OlivaBR® com planta extratora em operação:

Dúvidas: contato@olivabr.com

Bibliografia Consultada

Barranco, D. Fernández-Escobar. El cultivo del olivo. Junta de andalucía/Ediciones Mundi-Prensa 2008 (6a edição), 846p.


Coutinho, E. F. et al. Oliveira: aspectos técnicos e cultivo no Sul do Brasil. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 181p.


Conab (Sedex) Companhia Nacional de Abastecimento. Importações e Importações Brasileiras. Brasília, 2019. Disponível em: http://www.conab.gov.br/conabweb/download/indicadores/0206-balanca-comercial


INTERNATIONAL OLIVE OIL COUNCIL. Word olive oil figures, 2019. Disponível em: http://www.internationaloliveoil.org


OLIVEIRA, A. F. et al. Oliveira no Brasil: tecnologias de produção. Belo Horizonte: EPAMIG, 2012.


VIEIRA NETO, J.; OLIVEIRA, A.F. de; OLIVEIRA, N.C. de; DUARTE, H. da S.S.; GONÇALVES, E.D. Aspectos técnicos da cultura da oliveira. Belo Horizonte: Epamig, 2008. 56p.

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